Staffingamericalatina together with the World Employment Confederation continues to develop a series of interviews with key personalities in the world of staffing in the region.
In this third installment we have interviewed Vander Morales, President of SINDEPRESTEM and FENASERHTT and Vice President of the CNS.

Latin America is a diverse region. The management of the pandemic and the reality of the workforce solutions sector have also been different in different countries.
Brazil has experienced the pandemic in a unique way. From the health point of view, the situation has been critical and very painful, with more than 480,000 deaths out of a global total of more than 3.7 million. However, from the economic point of view, the scenario has been totally different. Without strict quarantines compared to other countries and with support to the private sector, the economy is growing.
For the sector, this historic period has been one of vindication and consolidation as a key player in the development of decent work in the country. Local players have grown and have reached remarkable levels of professionalization and modernization.

S- What are the main challenges and opportunities facing the Brazilian labor market?
VM- Brazil is growing; projections are for a 4% growth. This holds enormous opportunities for our sector, which has consolidated itself as a key player in the Brazilian labor world. In this period we have experienced growth mainly in temporary jobs. The logistics sector, everything related to e-commerce has demanded a lot of temporary personnel. Construction has also been a very interesting engine for the economy. The main challenge will be to continue with the modernization of Brazil; next year there will be presidential elections and the threat of populism is present. If the economy continues to grow we may be able to put a brake on populism. This administration has simplified the system, greatly reduced bureaucracy and intervention. The sector has strengthened; a local company has managed to go public, which shows that investors believe in our model. For small companies, the main challenge will be to survive in a market that has concentration and professionalization. Leaders are obliged to modernize their outlook in the new scenario. We have had this discussion for a long time in our federation, when we started working on this new law that today is a reality, we said that this was an enormous challenge, that many associated companies were going to have to transform themselves. Today we have the temporary work modernization law and the outsourcing law. These are two very important milestones for Brazil, for its legal security and for investment. Today we have about 33 thousand companies between temporary work agencies and outsourcing companies. We have a new bidding law that opens a huge opportunity. The State demands a lot of temporary personnel and outsourcing services. This law opens a huge field that will have a very positive impact on the numbers of our companies. The economic balance of the contracts is guaranteed by law. This government understood that our sector intends to continue creating decent work with social security and that our federation is a strategic ally. Today we have the Vice-Presidency of the National Confederation of Services, the entity that brings together all the service companies. During a very difficult period in history, temporary hires amounted to more than 2 million and they were for a longer term because today the law allows 3 months more, from 6 months to 9 months.

S- How do you see the short-term and long-term evolution of the sector?
VM- The pandemic did not affect the sector negatively. Today the sector negotiates with the character of law as long as what is negotiated does not violate constitutional principles. We were able to adjust the conditions to preserve jobs. We got through the storm and the painful situations from the sanitary point of view, without problems from the business point of view, with good financing lines. We grew in 2020 if we compare it to 2019. We were considered essential. There were only punctual cases of suspensions that were negotiated with the unions.
Generally speaking, I believe that companies in the sector are prepared for the post-pandemic period. There is a market for everyone. Smaller companies compete for specialization, attention, proximity to the client, there are business opportunities for everyone. The very large businesses stayed with the larger companies.
I believe that the fact that the sector already has open capital companies, listed on the stock exchange, is a positive sign for the short and medium term. Investors see the sector as attractive and validate our work.

S- How has the COVID19 crisis affected the market and how prepared is the market for the post-pandemic future?
VM- The consequences of the new law have been more important than the consequences of the pandemic for the sector. The big challenge for our entrepreneurs is to take their companies to the stage that the new law takes us to. The sector has moved up a level. The time has come. It is necessary to innovate, modernize and professionalize. The social dialogue we are having is efficient. We currently have a law of quotas, for example, for young people and for people with disabilities. It seeks inclusion but it is not possible in many cases to comply with it. Especially with regard to temporary work. We are working on a realistic law that allows for inclusion. We continue to evolve. Temporary work is no longer at those levels. We also have ILO Convention 181 on our agenda, slowly but surely. It is not necessary today, but we know that it could be very important in the future.

S- What are the benefits of being part of the World Employment Confederation?
VM- Nobody does anything on their own. We are part of a big network. I am an active supporter even when there are divergences because that is where you learn. I promote participation a lot. Belonging to WEC is to be part of a very organized platform that now also has a very close look at Latin America. The exchange is very important for decision making, to build a long-term vision for the future. I am very excited about this period.

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O setor passou a um patamar superior graças à nova lei

A Staffingamericalatina juntamente com a World Employment Confederation continua a realizar uma série de entrevistas com personalidades-chave no mundo do recrutamento.

Nesta terceira edição, entrevistamos Vander Morales, presidente do SINDEPRESTEM e FENASERHTT e Vice Presidente do CNS.

A América Latina é uma região bastante heterogênea e a gestão da pandemia, assim como a realidade no setor de recrutamento também têm sido diferentes em cada país.

Desde o começo a pandemia foi um grande desafio no Brasil. Do ponto de vista da saúde, a situação tem sido crítica e muito dolorosa, com mais de 480.000 mortes em um total de mais de 3,7 milhões no mundo. Entretanto, do ponto de vista econômico, o cenário tem sido totalmente diferente. Sem quarentenas rigorosas em comparação com outros países e com apoio ao setor privado, a economia está crescendo. Este também foi um momento histórico e fundamental de reivindicação por melhores condições de trabalho e fortalecimento para o setor. Além disso, o nível de profissionalização e modernização dos agentes locais têm crescido de maneira considerável.

S- Quais são os principais desafios e oportunidades que o mercado de trabalho brasileiro enfrenta?

VM – O Brasil está crescendo, as projeções são de um crescimento de 4%. Isto traz enormes oportunidades para o nosso setor, que se consolidou como um ator-chave no mercado de trabalho brasileiro. Neste período, tivemos um crescimento principalmente nos empregos de tipo freelance. O setor de logística e de tudo que está relacionado ao comércio eletrônico, tem demandado muita mão-de-obra extra. O setor de construção também tem sido um motor muito interessante para a economia. O principal desafio será continuar com a modernização do Brasil; no próximo ano haverá eleições presidenciais e a ameaça do populismo continua presente. Com o crescimento da economia, talvez possamos frear o populismo. A atual administração simplificou o sistema, reduziu muito a burocracia e a intervenção em nosso trabalho. Com isso, o setor se fortaleceu; uma empresa está sendo cotada na bolsa de valores, o que mostra que os investidores acreditam em nosso modelo.

Para as pequenas empresas, o principal desafio será sobreviver em um mercado que tem que se concentrar e profissionalizar. Os empresários são obrigados a modernizar suas perspectivas neste novo cenário. Tivemos esta discussão há muito tempo em nossa federação, quando começamos a trabalhar nesta nova lei que agora é uma realidade, dissemos que este era um enorme desafio, que muitas empresas associadas teriam que se transformar. Hoje temos a lei de modernização do trabalho temporário e a lei de terceirização. Estes são dois marcos muito importantes para o Brasil, por sua segurança jurídica e pelo investimento envolvido. Hoje temos cerca de 33 mil empresas entre agências de trabalho temporário e empresas terceirizadas. Dispomos de uma nova lei de licitação que abre uma enorme oportunidade. O Estado tem muita demanda por profissionais temporários e serviços de terceirização. Esta lei abre um campo enorme que terá um impacto muito positivo sobre os números de nossas empresas.

O equilíbrio econômico dos contratos é garantido por lei. Este governo entendeu que nosso setor pretende continuar criando trabalho digno com a previdência social e que nossa federação é um aliado estratégico. Hoje temos a Vice-Presidência da Confederação Nacional de Serviços, a entidade que reúne todas as empresas de serviços. Durante um período muito difícil na história, os contratos temporários ultrapassaram 2 milhões e eram para um prazo mais longo porque a lei agora permite o acréscimo de 3 meses, por exemplo de 6 meses para 9 meses.

S- Como você vê a evolução a curto e longo prazo para o setor?

VM – A pandemia não afetou o setor de forma negativa. Hoje o setor negocia com o caráter de lei, desde que o que é negociado não viole os princípios constitucionais. Conseguimos ajustar as condições para poder manter os empregos. Conseguimos atravessar a tempestade e as situações dolorosas do ponto de vista sanitário, sem problemas, com boas opções de financiamento. Tivemos crescimento em 2020, comparado a 2019. Fomos considerados essenciais. Houveram alguns casos isolados de suspensões que foram negociados com os sindicatos. Em geral, acho que as empresas do setor estão preparadas para o período pós-pandêmico. Há mercado para todos. As empresas menores competem por especialização, atenção, proximidade com o cliente e as empresas muito grandes trabalham com outros grandes contratos. Penso que o setor já tem empresas negociadas publicamente, cotadas em bolsa, é um sinal positivo para o curto e médio prazo. Os investidores vêem o setor como atraente e validam nosso trabalho.

S- Como a crise da COVID19 afetou o mercado e como está preparado o mercado para o futuro pós-pandêmico?

VM-  Para o setor, as consequências da nova lei foram mais importantes do que as consequências da pandemia. O grande desafio para nossos empresários é se adaptar à nova lei. O setor atingiu um novo patamar. Agora é a hora. Devemos inovar, modernizar e se profissionalizar. O diálogo social que estamos tendo é eficaz. Temos atualmente uma lei sobre cotas, por exemplo, para jovens e para pessoas com deficiência. Ela busca a inclusão, mas não é possível, em muitos casos, cumpri-la. Especialmente quando se trata de trabalho temporário. Estamos trabalhando em uma lei realista que permite a inclusão. Ainda estamos evoluindo. Também temos a Convenção 181 da OIT em nossa agenda, de forma lenta, mas segura. Hoje não é necessário, mas sabemos que no futuro pode ser muito importante.

S- Quais são os benefícios de fazer parte da World Employment Confederation (Confederação Mundial de Emprego)?

VM- Ninguém faz nada sozinho. Somos parte de uma grande rede. Sou um apoiador ativo mesmo quando há divergências, porque é lá que aprendemos. Eu promovo muito a participação. Pertencer ao WEC é fazer parte de uma plataforma muito organizada que agora também tem uma visão muito próxima da América Latina. A troca é muito importante para a tomada de decisões, para construir uma visão de longo prazo para o futuro. Estou muito animado com esta nova fase.